"Sexta-feira, 17:45. - Por favor, produza um artigo de aproximadamente 1000 palavras sobre os impactos da IA nos processos de contratação. Não deu tempo de fazer o briefing, mas o artigo precisa trazer números atualizados sobre o uso de IA nos RHs das empresas e os impactos (negativo/positivo) no setor e nas contratações. O artigo deve estar no email amanhã até as 10h. Obrigado."
O cenário acima é algo muito comum na rotina de alguns profissionais de escrita. Eu mesmo já passei por isso, e dessa lembrança surgiu essa edição da newsletter.
Em uma situação real, se o escritor questionar o cliente sobre o prazo, provavelmente ele ouvirá: "É só um artigo informativo. Coloca os dados e alguns comentários explicativos. Você faz isso rápido."
Parece receita de miojo: coloca a água no fogo. Ferveu? Coloca o miojo. Mistura por 3 minutos. Joga o tempero. Coloca no prato. Tá pronto.
Usar o ChatGPT numa situação dessa pode parecer um caminho eficiente. Mas não eficaz. No final, será só mais um macarrão com tempero estranho, igual a qualquer outro "macarrão instantâneo", sem diferencial e, que provavelmente, fará algum mal a quem o consumir.
Mas escrita não é isso!
Escrever exige foco. Processo. Pesquisa. Tempo.
Não transforme seus textos em "macarrão instantâneo". Por mais que você consiga pegar algo pronto (ChatGPT) e temperar bem, faltará o mais importante: originalidade.
E é essa originalidade, combinada com ética e qualidade que fortalecerá seu perfil como profissional moderno de escrita, o mais desejado em um mercado onde qualquer pessoa com uma conta do ChatGPT se torna "temperador de miojo".